Banner2012

Banner2012

Wednesday, December 08, 2010

NATAL...



Moto, motor, motivação, meta, motivo, motinho.

Estou aqui a pensar no final do ano, Natal, Revellion, festas, alegrias, encontros e desencontros. Difícil não pensar no balanço de final de ano também. Nas coisas feitas, objetivos concretizados, conquistas, aprendizados, enfim, estou mais a pensar no saldo do ano.
Como me sai?
Tornei-me uma pessoa melhor que há doze meses? I hope so...
Se houve saldo, já temos alguma coisa. Separando a vida em setores distintos e observando-os de forma positiva, eu diria que tive um excelente ano. Foram pequenas grandes descobertas pessoais, mudanças profissionais e, culturalmente, um espetáculo à parte.
Novos conhecidos, novas propostas, alguns novos amigos, networking aumentando qualitativamente e um redesenho de desejos adormecidos.

Queria encontrar uma mensagem de Natal especial onde pudesse deixar registrado meu carinho e meu muito obrigado a todos que me acompanharam por estes meses de 2010, mas sinceramente, nem procurei!
Preferi começar a escrever e deixar que meu sentimento fluísse nestas linhas e tomasse corpo de forma que todos vocês pudessem sentir-se abraçados e recebessem meu sorriso de agradecimento pelos meses de companhia que me fizeram, pelos e-mails que me foram enviados, pelas sugestões, pelas críticas, pelas amizades criadas e outras fortalecidas.

Amigos motociclistas,
Amigos leitores,
Amigos parceiros,
Amigos reais
Amigos virtuais,
Amigos de sempre,
Amigos recentes...

FELIZ NATAL, FELIZ 2011 E QUE OS SONHOS E DESEJOS DE TODOS VOCÊS SE MATERIALIZEM COM ALEGRIA, SATISFAÇÃO E PERSEVERANÇA,
QUE CONSIGAMOS UM 2011 MELHOR, COM MENOS ACIDENTES DE MOTOCICLETA, COM MAIS EDUCAÇÃO, COM MAIS CONSCIÊNCIA COLETIVA.



Super beijo, Julie M.

IN-Segurança...

Para compensar meu afastamento, seguem algumas reflexões que são pertinentes em meio aos atuais acontecimentos no país. Sempre falo sobre segurança, educação e respeito no e para o trânsito. Comportamento adequado de nós motociclistas e motoristas para uma harmoniosa convivência, menos acidentes, menos sustos, menos fatalidades.

Mas e a nossa segurança enquanto indivíduos, cidadãos, pagadores de impostos (afff e quantos...) onde é que fica?

Lamentavelmente estamos vivenciando –alguns in loco, outros pela mídia- uma guerra ao narcotráfico. Triste situação a que chegamos. Termos de declarar guerra para re-conquistar o que nunca deveríamos ter perdido, nossa liberdade de ir e vir com segurança e respeito.
Todos que tem assistido os noticiários, ou acompanhado pela internet, twitter e outros sites puderam ver a quantidade de motocicletas apreendidas (329) nestas incursões aos bairros comandados pelo narcotráfico.



Como sabem, participo de vários grupos de motociclistas pelo país e a cada tanto ouço as queixas de seus integrantes pela insegurança que eles têm ao sair com suas motos. Recentemente, um casal muito querido de São Paulo teve suas motos roubadas. Uma foi num cruzamento há algumas quadras de sua casa e muito próximo a uma delegacia de polícia e a outra em poucas semanas depois. Por sorte ambos perderam apenas seu objeto de prazer, lazer, diversão e não se machucaram; obviamente as motos tinham seguro.

O bem material já foi reposto, mas como ficaram estas pessoas? Quem irá repor a sua perda emocional, a sua credibilidade de que existe um sistema para protegê-los? Quem irá sossegar estas pessoas para que elas possam manter seu prazer e sua liberdade de ir e vir com suas motos, objetos de prazer e conquista? São apenas mais duas pessoas que não se acovardaram, repuseram seu patrimônio e voltaram aos seus passeios, mas se já saiam intimidados e angustiados, temerosos por alguma coisa, sairão ainda mais.



Porque comento isso? Por que isso tudo é um circulo vicioso. Parte destes roubos é culpa de alguns proprietários de motos que compram peças de suas motos em mercado duvidoso. Gerando demanda de mercado, oferta e conseqüentemente, roubo. E para completar o ciclo, os valores dos seguros ficam estratosféricos.



Quem nunca ouviu falar do mercado “negro” especializado em peças de moto em São Paulo? E que se não há a peça que você precisa naquele dia, logo, logo ela aparece! E bem baratinha...

O que será que precisaremos fazer para ter a atenção do Estado em relação ao cerceamento que estamos sofrendo, pois estamos sendo privados de usufruir de nossas conquistas e de nosso prazer, além do direito mais claro e óbvio previsto em Constituição, a nossa liberdade.

Quem não pilota talvez ache um exagero da minha parte estar levantando esta questão, uma vez que o ataque definitivo contra o narcotráfico é uma gloriosa conquista. Porém quem pilota sabe da frustração que sentimos quando nos vemos acuados e impossibilitados apenas de passear, de termos que selecionar um roteiro de acordo com as estatísticas de assaltos ou precisarmos de “escolta”.

É meu desabafo e é apenas para reflexão! Eu ainda posso sair com a minha YZF R1 para ir ao trabalho ou qualquer outro lugar, mas sei que não posso mais pensar em sair sozinha (como fazia há alguns anos) para uma auto-estrada e rumar para outro estado. Daqui um tempo, terei que me desfazer do meu prazer conquistado apenas para manter minha integridade emocional, ou quiçá, vida e adeus Vicky!





Abraços, Julie M.

Museu BMW - Curitiba

Retornando....

Estava pensando neste final de semana o que eu poderia escrever de interessante que justificasse meu desaparecimento!! Então, a primeira providência é agradecer o puxão de orelhas de alguns de vocês, que me escreveram reclamando pela ausência.

Deixo aqui meu pedido de desculpas, estive viajando, mudando de endereço de trabalho, e outras grandes mudanças... algumas viagens, umas pertinho, outras bem distantes, e as coisas foram ficando pra depois. Então, pensei em juntar as informações que colhi sobre motinhos e seus tripulantes nas andanças que fiz, sendo assim, começarei por pertinho!

Estive visitando um Museu bárbaro... coisa de gente apaixonada por motos pra valer, que dedica seu tempo e esforços sem medi-los. Ainda bem que a família foi contagiada pelo mesmo bichinho, e participa ativamente de todo o processo, senão a casa cairia!!

Falo do Museu de Motocicletas BMW de Curitiba. Tive o privilégio de conhecê-lo num destes momentos que o Sr. João Carlos, sua esposa e filho proporcionam aos poucos sortudos não menos apaixonados que eles!
Ao chegarmos fomos recepcionados com um coquetel e uma pequena apresentação em audiovisual sobre o Museu, e logo na entrada tinha uma enorme fotografia na parede com a seguinte inscrição:



“Você esta entrando num espaço onde se respira o motociclismo e naturalmente uma questão vem à cabeça de todo o motociclista: Qual a melhor motocicleta? A melhor motocicleta pode ser a mais confortável, como pode ser a mais resistente ou a mais esportiva, depende do interesse de cada pessoa. Porém apenas uma marca demonstra a preocupação em reunir o maior numero de qualidades em suas motocicletas e esta marca é da BMW. Desde seu primeiro modelo, a BMW R32 de 1923, percebemos o objetivo da BMW de produzir motocicletas a frente do seu tempo. Sempre apresentando tecnologias inovadoras, a BMW se destaca na evolução das motocicletas, assim como as motocicletas são de total importância na história da empresa. Em 1919 quando a Alemanha foi proibida de fabricar armas de guerra, a opção da BMW foi fabricar motores de motos, no final da 2º Guerra Mundial quando 4 de suas 7 fábricas estavam destruídas, a empresa se reergueu vendendo motocicletas. Durante os anos 60 a situação se inverteu, e com a popularização do automóvel a venda de motocicletas despencou fazendo com que dezenas de fábricas de motos fechassem. Mesmo assim a BMW acreditou na qualidade superior de suas motocicletas e respondeu lançando novos modelos e estabelecendo-se definitivamente como a mais respeitada marca de motocicletas do mundo. Nós do museu de Motocicletas BMW Curitiba temos o orgulho de participar de uma pequena parte desta história, usufruindo destas máquinas maravilhosas em aventuras inesquecíveis e com muito esforço mantendo-as para que possa ser apreciadas por todos.”


À principio era uma modesta coleção, com alguns carros no meio e um hobby. Mas com o tempo, passou a ser um trabalho de pesquisa, objetivo de viagens e garimpo de relíquias por esse mundo afora. Foram-se os carros, e o assunto ficou exclusivamente motos BMW. O Museu então, teve início em 1975 com a primeira motocicleta, a BMW R61, de 1938.


Tivemos o prazer de ouvir os motores roncando das motos como a BMW R2 acima, de 1923, ou a BMW R75 com side-car que parece ressurgir da Segunda Guerra Mundial... algo de arrepiar. E assim, todas as outras foram ligadas e ouvimos seus motores, afinados e perfeitos!

Sem contar a estrutura, com dois pisos, com as motos separadas pelas suas décadas (de 1929 a 1950 no andar superior e de 1960 até 1990 no inferior)e cada qual sobre uma plataforma giratória e iluminação própria, além de um painel com seus dados técnicos, ano de fabricação e etc.

Tive o prazer de compartilhar esse momento com motociclistas de São Paulo, Rio de Janeiro além dos paranaenses, pois como parte de seu acolhimento, além de nos mostrar suas raridades em perfeito estado de conservação e funcionamento, o Sr. João Carlos Ignaszewski e sua gentil esposa Yara e seu filho Maurício nos presentearam com um jantar servido logo ao lado das motos num pequeno espaço Gourmet, suavemente decorado e deliciosamente bem servido.

Preciso agradecer ao meu amigo Sr. Harry Françóia, Presidente do BMW Motoclub, que me apresentou á família e sua linda coleção (atualmente 40 motocicletas).

Abraços, Julie M.