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Wednesday, December 21, 2011

FELIZ NATAL!!!!


Amigos!!!!!

Estamos ao final de mais um ano,

a sensação que quase todos temos, é que passou VOANDO!

Então, antes que todos se ausentem para as suas merecidas férias,

gostaria de desejar um FELIZ NATAL

e um Próspero ANO NOVO!!
Queria escrever um lindo texto, porém minha inspiração está em compasso contrário ao Papai Noel à jato!!!

As imagens que achei de Natal com referência ao nosso brinquedinho e prazer (motinhos) já estão batidas, confesso que as mais bonitas já utilizei!

Não sobraram outras! Então achei esse Papai Noel voador * e vieram à mente algumas coisas importantes a serem lembradas e ditas:

- o quanto nossa vida é breve, à jato! E por isso temos que aproveitá-la da melhor forma possível senão ela literalmente voa!

- o quão importante é lembrar que, na mesma proporção em que a VIDA voa, deveríamos brecar e pensar nas pessoas à volta, que amamos e tratamos com tanta urgência!

- lembrar que muitas destas pessoas passarão na velocidade de um jato, quando gostaríamos que permanecessem ao nosso lado eternamente;

- deveríamos questionar mais, amar mais, dedicar mais, viver mais e não sobreviver à vida!

- talvez por estarmos sempre “acelerando tudo que dá”deixamos de lado pequenos, simples prazeres... Como carinho, elogio, educação, atenção, afeto, amor, dedicação, respeito, mas principalmente: tempo, presença e companhia, estar junto de quem amamos, de quem gostamos ou de quem simplesmente fazem diferença nas nossas vidas;

- e por fim e não menos importante, sinal vermelho, muito cuidado, olhar para todos os lados com atenção total antes de voar... seja na moto, no carro, na vida, etc...
Um super beijo e felicitações a todos vocês e seus familiares,

Julie M.


*O desenho utilizado é do artista Emerson Fialho, que gentilmente o cedeu para que eu veiculasse aqui, entre vocês. Pedi a ele um Papai Noel Motociclista, porém meu pedido chegou tarde... mas ao mesmo tempo, quem sabe, bem cedo pro ano que vem!!! Não é Emerson?? Obrigada...

Monday, December 12, 2011

Segurança e Emoções....

Desta vez sobre outra ótica, mas sempre a mesma intenção!!



Em muitos dos meus artigos, desde que comecei escrever, foco na segurança, seja em equipamentos, educação, consciência, responsabilidade, respeito e aprendizado. Dizem que a liberdade de um termina onde começa a do outro! Isso vale para todas as situações da nossa vida, sejam profissionais ou emocionais, principalmente nas relações do dia a dia.
Todos nós tivemos alguma experiência no trânsito de intolerância, impaciência, desrespeito, quando não desastrosas e acidentes. É sabido que com Educação no e para o Trânsito muitas coisas ruins poderiam ser evitadas. Inclusive os acidentes!
O desrespeito à legislação, por todos, inclusive por aqueles que deveriam ser exemplos é grotesco. E em decorrência de todos estes ‘percalços’, quem mais padece no trânsito somos nós motociclistas; pela razão óbvia de nossa vulnerabilidade. Não temos uma carcaça metálica que nos proteja tampouco que nos faça parecer mais importantes e em conseqüência disto, sofremos os abusos dos que acham ter preferência apenas pelo tamanho!


Já disse em outras vezes, que a despeito das regras Nacionais de Trânsito, os motociclistas têm uma regra básica... NUNCA terão via preferencial... A prudência faz com que paremos para não correr o risco de sermos atropelados pelas carcaças metálicas e seus nobres condutores. Nunca generalizando, pois existem bons motoristas sim, assim como existem motociclistas abusados e Kamikazes.

Pois bem, sentar num carro por si só já é confortável e aprender a ‘guiar’ o carro, muito fácil. Alguns carros até já sabem o que fazer sozinhos! Basta apertar um botão “engine on” e apontar a direção! Brincadeiras à parte, o que desejo dizer é que pilotar uma moto já começa diferente... Ela não fica em “pé” sozinha... E requer muito mais atenção, destreza e percepção que um carro.

Costumo dizer que todos deveriam ser primeiro motociclistas e depois motoristas; pois saberiam a diferença entre estar num assento e no outro; os riscos, as necessidades, a acuidade visual, percepção de espaço e tempo, enfim, muitos detalhes que se o motociclista não estiver atento é o corpo dele que paga! O motorista, bem... Esse deverá pagar o carro, mas nada que uma boa funilaria não resolva ou o seguro pague! Seu corpo (na maioria das vezes) fica intacto.

Porque desta introdução toda? Para falar de instrução, educação, treino, conhecimento em pilotagem e muitas outras coisas. Há quem ache que ‘pilotar’ uma moto é apenas sentar nela, ligar e sair... E é possível andar de moto com esta visão. Apenas talvez pague um preço caro demais e às vezes um preço que dinheiro nenhum no mundo consiga comprar: sua própria VIDA.
Portanto o meu conselho é: se investiu tanto numa boa moto, tanto em equipamento, invista em qualidade de ensino para ser um bom motociclista. Enganam-se quem ache que estas Escolas de Pilotagem que estão espalhadas pelo país atendem a clientela de superbikes apenas. Elas atendem qualquer pessoa consciente de sua necessidade de aprender sempre um pouco mais. Sabemos que as motos de hoje mudam de ciclística, configuração, enfim, reciclam tudo. Muita tecnologia embarcada. E precisamos acompanhar... Como? Fazendo upgrades constantes com quem estão diariamente conectados ao motociclismo e bastidores, pessoas que vivenciam o “ambiente motociclístico” e fazem dele seu mantra! Conheço pessoas que fazem estes cursos anualmente para evoluírem como pilotos (de rua e de pista também), pois tudo na vida é um constante aprendizado. Elas não se limitam a um só curso, experimentam em várias escolas e mantém seu upgrade em dia. Nestes cursos o aluno é convidado a fazer uma imersão em técnica de pilotagem, onde são ensinados os recursos tecnológicos das motocicletas e de que forma podemos aproveitá-los. As dicas dadas nestas aulas salvam vidas. Os (maus) vícios de pilotagem são detectados e corrigidos.


Ouvi do piloto Bruno Corano que a moto faz a curva, nós é que podemos não fazê-la por medo e insegurança, por falta de conhecimento; basicamente do que é parte da moto e do que é parte do piloto neste momento! Ele fala muito deste momento ‘susto’ e treina seus alunos a superá-lo. Quem diria que em sala de aula de pilotagem teria um aparte sobre nossas emoções e o controle sobre elas.

E falando em emoções, “o bichinho das pistas me mordeu” usando as palavras do meu amigo Dudu! Pois fui privilegiada no final de semana passado (4 de dezembro) pela Motoschool – Escola de pilotagem de Bruno Corano (SP). Acompanhei de perto os bastidores de uma boa escola de pilotagem, dentre as melhores do país. Conversei com o administrador Wander e com o próprio Bruno Corano, fui informada de muitas coisas, assisti um pouquinho da aula, presenciei o que posso chamar de ‘brainstorm’, ou seja, o retorno dos alunos à sala de aula para que fossem apontadas as dúvidas e experiências de todos eles somadas às impressões do Bruno Corano a cerca da movimentação e desempenho de cada aluno na pista. Acompanhei também, momentos externos à sala de aula, onde a cada parada no Box o Bruno orientava e corrigia o aluno-piloto que havia acompanhado na pista, mostrando seus erros e acertos. Ou seja, vivenciei parte do processo de aprendizado dos alunos e pude ter do próprio Bruno comentários a cerca da metodologia utilizada pela Motoschool, como ele interage com os alunos, a importância da metodologia que ele utiliza a certificação dela por órgão específico americano (cujo método tem 28 anos de estudo e laboratório e ainda a sua utilização pelo próprio governo americano e canadense), os upgrades necessários e anuais feitos por ele nos Estados Unidos para a conservação do método no Brasil, enfim um bate-papo muito produtivo. 

Tive a felicidade de re-encontrar o Dudu, da Rush Motorcycles e piloto do Mobil Rush Racing Team, que foi uma das pessoas que me acolheu ainda nas 500 milhas de Interlagos em Janeiro passado e com quem tive contato no decorrer deste ano; tanto em dicas de pilotagem segura, frenagem, melhor utilização de alguns recursos da moto e também através da sua participação no Programa Auto-Esporte (Globo aos Domingos) onde tive a orientação na troca de óleo da minha motinho (http://juliemotovelocidade.blogspot.com/2011_08_28_archive.html)


 
Por fim, como cereja do bolo, o Dudu Rush e o Wander me convidaram a entrar na pista, coisa que logicamente aceitei! É uma emoção e alegria, para quem gosta de pilotar, indescritíveis. E lógico, recomendável a todos que queiram ser melhores, que queiram aproveitar suas motos (o que elas têm a oferecer) e fazê-lo com segurança. Nunca tinha feito curvas como fiz, pois nas rodovias só temos o Plano A, o Plano B significa susto, contramão, chão, acidente... Na pista, o Plano B significa área de escape, zebras, pilhas de pneus, grama e na pior hipótese, chão (cair); mas ainda assim tem o Plano C que é uma estrutura pronta para intervir com ambulância equipada, paramédicos, agentes com bandeiras sinalizando aos demais do perigo iminente, enfim SEGURANÇA TOTAL. Senti confiança em mim e na Vicky (minha R1) para a cada volta experimentar um pouco mais de aceleração, senti-me segura para ousar. Coisa que não faço de forma alguma em rodovias.

Este momento bárbaro foi no Velopark de Porto Alegre (RS) onde a escola estava ministrando seu curso. Outra 'cereja' foi encontrar e conhecer a Lu Carvalho, motociclista de São Paulo que está em outro artigo meu – http://www.motoesporte.com.br/site/colunistas/coluna-da-julie/motovelocidade-superbikes-e-mulheres-, que foi ao Velopark prestigiar a escola do Bruno Corano e praticar mais em pista no que é chamado de Tracking Day, onde os ex-alunos e pessoas interessadas podem utilizar a pista para desenvolver suas habilidades e treinar. Cabe lembrar que estes momentos de ‘tracking day’ são separados do momento aula; ou seja, quando os alunos saem da pista e voltam à sala de aula para ter outro módulo de aprendizado e feedbacks, esse pessoal vai pra pista e vice-versa. E ninguém entra na pista desacompanhado de instrutor, cujo papel é circular observando os pilotos, seu comportamento, seus excessos e etc. de forma que ninguém seja exposto a riscos gratuitos. "



Portanto, minha mensagem nestes artigos quase sempre é a respeito de SEGURANÇA, educação e muito cuidado no trânsito, principalmente quando se tratam de nós mesmos, os motociclistas. Então, quando puderem façam cursos, melhorem a qualidade da pilotagem, a vida é um eterno aprendizado em tudo, e certamente nisto também. As pessoas que se dedicam a ministrar cursos assim passam horas e mais horas diariamente em cima das motocicletas, elas sabem o que estão fazendo, se ocupam de investir em didática, pois de nada adianta ter o conhecimento e não saber repassá-lo. Outro detalhe muito importante é a escolha da escola, pesquisem muito sobre a própria escola, sobre seus pilotos-instrutores, que tipo de qualificação eles tem, que tipo de suporte a escola providencia em termos de segurança na pista, se tem equipe de emergência qualificada (não adianta uma ambulância com motorista e auxiliar de enfermagem), enfim, pente fino! Qualquer um pode fazer curso de pilotagem e achar que pode ensinar; ser piloto de campeonato não significa ter conhecimento com metodologia e didática para ser instrutor também, pois o que deu certo pra uma pessoa, na experiência do dia-a-dia pode não dar certo para a outra; por isso é preciso pesquisar sobre todos os aspectos que envolvem a escola.

Espero que todos um dia possam fazer um bom curso, eliminar suas dúvidas, acrescentar conhecimento, receber boas dicas de como aproveitar o que é nosso way of life: MOTOCICLISMO CONSCIENTE

Beijos, Julie M. 




 

BMW Motorrad Days 2011







Angra dos Reis, o paraíso ecológico ficará ainda mais atraente com as motocicletas BMW. Entre os dias 18 e 20 de novembro, Angra, considerada um dos destinos turísticos mais belos do Brasil e localizada no estado do Rio de Janeiro,  será palco do BMW Motorrad Days 2011.



O evento chega ao Brasil pela primeira vez, o qual acontece anualmente em países da Europa para amantes da marca germânica. Será uma oportunidade única para os apaixonados por estas obras primas da engenharia alemã se unirem para desfrutar de um programa cheio de atividades que fazem parte do mundo BMW Motorrad.



Dentre as atrações programadas estarão show musical com o cantor Edinho Santa Cruz e banda, exposição de produtos e lançamentos, apresentação de manobras radicais com o já conhecido piloto de streetbike e freestyle Chris Pfeiffer, além da oportunidade de acompanhar in-loco a última etapa da temporada 2011 do Campeonato de Moto 1000 GP e BMW S 1000 RR Cup, no Autódromo de Jacarepaguá.



O evento será realizado nas dependências do Vila Galé Eco Resort, localizado a 385 Km de São Paulo e a 150 Km da cidade do Rio de Janeiro e quem quiser obter maiores informações tanto sobre a Programação como outros detalhes, poderá acessar o link   



Tuesday, October 25, 2011

A Bela e a Fera…

A promessa do motociclismo feminino no Brasil.

A cada tanto surge mais uma corajosa e talentosa mulher neste mundo que outrora era privilégio masculino!

Mais uma vez uma linda mulher no comando destes bólidos, disputando par a par numa pista repleta de pilotos… Correção: nem foi par a par, pois a Erika subiu ao pódio tendo pilotado uma 600cc e enquanto seus companheiros de pódio pilotaram suas 1000cc!

Pegando carona no Motocombatom, da minha querida Vanessa, não poderia deixar de publicar a entrevista feita com Erika Cunha, paulista que tem brilhado com muita categoria nas pistas de motociclismo deste país. Não tive o prazer de conversar com a própria Erika, creio que não faltarão oportunidades, e a Vanessa (www.motocombatom.com.br) me autorizou a publicar tudinho!

Com vocês…..


"A Bela"

Fera na pista e bela fora delas, assim podemos definir a paulista Erika Cunha nascida em Ribeirão Preto/SP, que surpreendeu a todos nos dias 22 e 23 de Outubro, onde participou da 2ª Etapa do Campeonato Estadual de Motovelocidade, realizado no Rio de Janeiro, no Autódromo Internacional Nelson Piquet. Estreiando na categoria Super Stock com motos de 600cc a 1000cc, disputada por mais outros 11 pilotos, a piloto foi a única mulher a competir.
O grande destaque, é que em sua primeira corrida, a piloto conseguiu chegar em 5º Lugar, e foi a unica piloto a estar no pódium com uma moto de 600cc, já que todos os seus adversários competiram com motocicleta de 1000cc. Sobre a corrida, ela nós relatou:
“Fiquei muito feliz com o resultado obtido, pois não esperava o pódio, principalmente pela pouca experiência e por competir com pilotos tão bons. Nosso objetivo é treinar bastante neste ano, para que no ano que vem possa estar mais bem preparada para correr um campeonato inteiro.”
A paixão por motocicleta começou bem cedo, já que pilota desde os 6 anos, mas somente agora tem buscado se profissionalizar, e surge como promessa da equipe Cerciari Racing, que acredita no seu potencial e tem investido na carreira da jovem piloto.
Quanto ao fato de correr com homens ela declara: “Nas pistas, depois que colocomas os capacetes não existe diferença de homem e mulher, somos todos piltoos atrás dos mesmos objetivos…”
Sua experiência com motos não se limita apenas as pistas, já que no dia a dia, ela possui nada menos que uma Yamaha R1 e já cultiva várias histórias, sendo figurinha carimbada nos encontros de motocicletas.
MCB: Quando nasceu essa paixão pelo motociclismo?
EC: Desde criança, meu pai era motociclista e tem sido uma paixão transmitida de geração em geração, pois meus sobrinhos já tem essa paixão.
MCB: Quais as dificuldades que você teve no início quando começou a pilotar? Você teve o apoio da sua família?
EC: Sempre fui incentivada a andar de moto, quando resolvi competir foi motivo de espanto, já que menina são sempre vistas como “frágil”, mas hoje todo mundo adora e me apoia.
MCB: Já fez algum curso de pilotagem?
EC: Quando eu cai a primeira vez de moto, foi em Interlagos no S do Senna, e lá resolvi que aprenderia a andar bem de moto, procurei o melhor curso de pilotagem e encontrei a Cerciari Racing School que além de me ensinar, enxergou que eu poderia ir além, e hoje faço parte da equipe.
MCB: Qual moto você possui?
EC: Tenho duas motos, uma Yamaha/R1 que uso no lazer e uma Yamaha/R6 para competir.
MCB: No dia a dia, costuma fazer passeios de moto com mais mulheres?
EC: Na cidade onde resido atualmente, ainda não tem mulheres que compartilham na mesma intensidade da minha paixão, então, normalmente eu viajo com os homens.
MCB: Quais as dificuldades que você teve no início quando começou a pilotar? Existem muitos preconceitos?
EC: Sempre penso que as dificuldades são criadas por nós, assim, nunca vejo nada como difícil, sou decidida, gosto de ir a luta e conseguir meus objetivos.
MCB: Existe alguém que você adimira no meio motociclístico?
EC: Meu pai e o eneadecacampeão de motovelocidade Luiz Cerciari.
MCB: Qual a sua mensagem para as mulheres que estão começando a andar de moto seja por Hobbie ou Profissional?
EC: Moto é nosso elo com a vida, deixe com que ela torne sua vida mais feliz! Tudo só depende de você, sempre!

Acessem o blog da Bela: erikacunha.blogspot.com

E um agradecimento mais que especial a Vanessa do Motocombatom por ter emprestado a entrevista!

Beijos e até a próxima,
Julie M. - j.n.m@terra.com.br

Wednesday, September 28, 2011

Mais motociclistAs… desta vez, aqui pertinho e uma pessoa determinadíssima!




Mais motociclistAs… desta vez, aqui pertinho e uma pessoa determinadíssima!


Tenho escrito sobre estas corajosas e bravas mulheres em suas superbikes, algumas em pistas participando de campeonatos disputando de igual pra igual, como a Cris Trentim (e outras que ainda irei publicar) e as que, como eu, apenas amam e pilotam suas paixões!
Lá no meu primeiro artigo, em novembro de 2005, escrevi sobre esta ragazza… Minha companheira, estímulo para acreditar no meu grande sonho em ter a minha superbike também. Deixo o link aqui para vocês viajarem no tempo como eu fiz:
http://www.motoesporte.com.br/motogatas/juli%20ilaine%20sc.htm http://www.motoesporte.com.br/coluna/juli/28-11.htm

Eis que, like a Phoenix, Dona Ilaine retorna com força total! Desta vez com sua super poderosa, maravilhosa CBR1000RR! Além de tudo, linda como toda Honda é! Então, não resisti, pois esta mulher é um exemplo de determinação e muita coragem… Naquela época eu já achava ela bárbara pilotando sua Kawasaki, hoje nem preciso falar… pois ela mesma irá dizer a vocês quem ela é! E andei com ela naquele tempão lá atrás e hoje também! Ela segue excelente piloto, alguém para admirar e quem sabe, apostar. É o que ela vai falar ao longo desta entrevista. À princípio fiz um roteiro pensando em construir um texto a partir dele, porém ficou bem bacana e resolvi deixar assim. Com vocês as palavras da Ilaine Ceratti!!!!



1. Identificação: Ilaine Ceratti, 34 anos, gerente financeiro, Caxias do Sul-RS.

2. Fale como e quando começou o interesse por motos: Comecei acompanhando o surgimento das esportivas, na época as Kawasaki, em 1991, então com 14 anos. Só olhava, achando que seria muito difícil, impossível pilotar uma, e querendo ou não, a sociedade já empunhava que isto era “coisa de menino”, até que cresci e comecei a ver tudo com outros olhos, e tapei os ouvidos ao preconceito, vi que eu podia ao menos tentar já que aquilo me fascinava tanto.

3. Conte como foi seu início neste esporte e suas dificuldades: Resumindo a história, uma amiga tinha um vizinho que possuía uma CBR450, e na cara dura pedi pra me ensinar a pilotar. Subi na moto, ele na garupa, me ensinou como trocar de marcha, como frear e pronto. Liguei a moto, saí andando como se já houvesse pilotado antes, e com ele na garupa teimando que eu estava enganando ele, que eu já pilotava motos. Hoje eu admiro a coragem dele de deixar alguém que nunca havia pilotado nem uma biz…hehe


4. E quantas motos: 4 anos com CBR450 SR 1993 (média de 40.000km); 4 anos com ZX-9R 1994 (média de 35.000km); A 8 meses com a CBR1000RR HRC 2007 (já 12.000km rodados).

5. A atual moto: CBR1000RR HRC 2007

6. Fale sobre sensações/importância/significado pra tua vida: Acho que aquela frase que todos dizem sobre a moto, “uma sensação de liberdade”, é verdade sim. Entretanto, para mim a sensação de liberdade é constante pois somos donos do nosso destino, tudo depende de nós mesmos e temos a liberdade de fazermos as escolhas que queremos. Para mim a moto dá uma extrema sensação de prazer em pilotar, uma extrema felicidade que como vc disse lá na Tenda, tem preço sim…hehe É só falar a palavra “moto” ou ouvir o ronco de uma passando que os olhos brilham, o sorriso aparece naturalmente em meu rosto. Para mim tem grande importância e significado. Não tem dia ruim estando na estrada de moto, já tive que fazer escolha em relacionamento (optei pela moto é claro) e a tornei minha grande companheira. Graças a essa vida em duas rodas, tenho hoje grandes amizades. Você pode sair sozinho pra um passeio de moto, mas com certeza encontrará amigos e fará novos… Às vezes nem nossa própria família nos compreende tão bem quanto nossos amigos motociclistas…


7. Em relação ao apoio da família: No início foi muito complicado, hoje já é mais tranqüilo, mas há ainda a grande preocupação cada vez que saio com a moto. Compreendo esta preocupação, porque estou ciente de que estou montada em uma arma. Atualmente estou em um relacionamento onde recebo total apoio, mas com aquele recadinho “se cuida qdo for pra estrada porque tem alguém aqui que vai estar esperando você voltar”.

8. Sua melhor viagem: De Curitiba a Caxias, quando eu trouxe esta CBR. Fui no sábado na loucura de ir na garupa de uma R1 até Curitiba, doía até a alma…hehe mas no domingo subi na moto e lembro de cada momento até aqui, vim me lembrando destes 5 anos sem moto, da batalha, do quanto eu me empenhei, do quanto chorei naqueles sábados de sol, do quanto me isolei dos amigos, do quanto eu estava triste sem este pedacinho perto de mim, e entre estes pensamentos rezei agradecendo!!! Chegando aqui só larguei a mochila em casa e fui pra estrada de novo, fui andar na serra, não queria parar de andar. Fiquei 5 anos sem moto, e quando eu realizei novamente este sonho, disse o Érico lá em Curitiba, “o sorriso não sai mais do seu rosto”.

9. As longas distâncias percorridas, quais? A mais longa foi esta de Curitiba, fora isto Itajaí. Nas sextas já vou dormir torcendo pra que o final de semana tenha sol e já vou programando o passeio, quanto mais longe melhor, mais tempo pilotando… Pretendo fazer uma viagem bem longa no próximo ano, aquelas de ficar uns 20 dias conhecendo novos lugares.

10. Seu relacionamento com os motociclistas em geral: perfeito! Sempre digo que uma mulher em um grupo só de homens consegue conquistar o respeito impondo o respeito. 99% das minhas viagens foram com motociclistas do sexo masculino e não tive problema algum. Claro que houveram momentos que alguém tentou se passar comigo, mas levo na esportiva pra não ficar um clima chato, ou seja, cantadas entram por um ouvido e já saem por outro… De vez em quando ouvem-se piadinhas machistas também, já nesse caso não consigo levar na esportiva.

11. Sobre sua participação em eventos de motociclismo: Inúmeros! Citarei os que lembro: Itajaí, Rio do Sul, Lages, Gravatal, Rincão, Araranguá, Torres, Tramandaí, Santa Maria, Triunfo, Taquara, Igrejinha, Bento Gonçalves, Veranópolis, Nova Petropolis, Xangri-lá. Atualmente não participo dos eventos o tanto quanto participei de 1998 a 2006. Quem anda de moto desde aquela época e participava dos encontros, deve lembrar-se do quanto era diferente, do quanto era prazeiroso ir a um encontro de moto. Na minha opinião, hoje o único lugar que eu considero um “encontro de moto como da época antiga” é a Tenda do Umbu, um único lugar que restou onde os motociclistas encontram-se simplesmente pra compartilhar da mesma paixão, as motos. Um único lugar onde encontram-se os apaixonados pelas suas máquinas pra compartilhar as novidades, trocar idéias, rever amigos, enfim, um lugar de respeito aos motociclistas.



12. Sobre pistas e/ou profissionalismo: Em Agosto, dois amigos (Marcos e Marcelo) convidaram para ir à Guaporé assistir aos treinos que antecediam o Gaúcho de Motovelocidade e também ver o curso do Rad Racing School. Chegando lá, o pessoal da escola de pilotagem nos convidaram para andar junto com os alunos e eu não consegui recusar…hehe Antes de entrar na pista vieram mil e um pensamentos… primeiro lembrei do que os amigos Cristian e Massa diziam. O Cris certa vez disse “você que adora pilotar tem que andar na pista, você vai ver que é bem melhor que andar na estrada”, o Massa disse “a pista vai te levar a fazer coisas que você nunca imaginou fazer” (isso vai ser só depois de algum treino…hehe). Vieram também pensamentos “como será? Vou sentir medo? É como andar na estrada?” Até que veio aquele pensamento medonho… “minha moto é minha preciosidade, tenho que cuidar, não posso cair com ela assim toda perfeitinha, não posso errar o traçado da curva, vou ter que ir bem devagarinho, não posso me empolgar…”, bom em 2 minutos meu cérebro trabalhou muito. Recomendação do instrutor “primeira vez então vai de boa, principalmente na primeira volta, e depois se for sentindo que dá pra acelerar mais, vai… mas com cautela”. Resultado: 1º “me apaixonei pela pilotagem na pista, volta a volta queria mais e mais, queria andar mais rápido, dar uma abusadinha mas ops! Minha moto precisa sair daqui intacta, batalhei muito e não posso estragar tudo em uma empolgação de uma tarde”. 2º pra brincar melhor preciso trocar de moto, uma mais leve e menor de “entre eixos”, pois sou pequena né…hehe 1,67 pra esta moto é pouco tamanho! Até o final do ano decidirei qual será a substituta da HRC. 3º tenho agora um novo sonho, quero andar na pista com uma moto só pra pista, mas nesse caso complica… pra realizar por conta própria só daqui uns anos, antes preciso criar vergonha na cara e comprar minha própria casa. Pra realizar isso através de patrocínio é mais complicado ainda. Sejamos realistas que o motociclismo aqui no Brasil não é visto como um esporte pela maioria, e sim como apenas um “hobby”. Já é difícil patrocínio aos motociclistas do sexo masculino, imagina então pra uma mulher, pois outro fato existente é o preconceito menor que a anos atrás, mas ainda existente.



13. Sua participação em motogrupos: Andei mais sozinha do que com motogrupo. Fiz algumas viagens com o MC Bento Gonçalves, depois fui integrante do motoclube Rotas do Sul por uns dois anos, do qual guardo um carinho enorme, logo após vendi a Kawa e querendo ou não acabei me afastando do grupo e de todo pessoal das motos que eu tinha contato. Hoje não participo de nenhum motogrupo mas tenho um grupo de amigos em que nos reunimos durante a semana e nos fins de semana para os passeios, um verdadeiro “grupo de amigos”.



14. Seus apontamentos finais: Agora em Outubro ou Novembro farei um curso de pilotagem, quero melhorar, preciso melhorar… quero suprir minhas próprias expectativas, quem sabe rola um patrocínio e eu consiga participar pelo menos do campeonato gaúcho um dia?! Quem não vive de sonhos não vive, apenas existe… Fico muito feliz em ver o quanto cresce o número de mulheres saindo da garupa e indo para os passeios em sua própria motocicleta, mais feliz ainda quando vejo as mulheres andando na pista, sem preconceito em volta, com apoio dos próprios competidores.

 Então amigos, esta é a Ilaine, gaúcha, apaixonada e que flutua ao falar sobre motos tamanha sua paixão! E a Tenda do Umbu que ela comenta, está localizada em Picada Café, Rio Grande do Sul, a beira da BR116. É mais ou menos o que os paulistas tem no Serra Azul em Itupeva! Ah! e quem quiser dar uma espiadinha no que estamos falando, esta Tenda do Umbu tem no seu site um link com camêra de vídeo on time e full time! Se acessarem aos sábados à tarde, talvez vejam a Ilaine por lá!!!

Super beijo e até a próxima MOTOCICLISTA….

Julie M.





Tuesday, August 30, 2011

Dicas de Dudu Rush

Dudu!


Você sabe que piloto minha neguinha, a Vicky (uma YZF-R1), sempre sozinha e que a manutenção dela é por minha conta e risco, ou seja, eu sentir algo e correr para assistência técnica. Sabia que havia passado a quilometragem de troca de óleo dela, mas não pensei que fosse causar muita diferença em semanas a mais ou a menos.



Sai um final de semana antes do programa para acelerar e senti a troca de marchas ruim, às vezes até não engatando ou o contrário. Achei perigoso, entretanto de imediato pensei que era problema meu que estava sem pilotar há algum tempinho...



No sábado antes do programa, dando uma volta na cidade perdi a passagem de 1° para 2° marcha, ficando aquela acelerada no neutro, por duas vezes. Fiquei com vergonha até, pois certamente se algum clube do bolinha viu (ouviu), devem ter feito piada! Aqui ainda existe um certo preconceito por nós, mulheres, estarmos com os brinquedinhos que outrora foram de exclusividade masculina.

Atenta ao teu chamado a respeito do programa, com Moto GP sendo transmitido naquele horário, troquei de canal e assisti o programa da Globo no Domingo onde você mostrou e explicou a importância de um bom óleo no motor de nossas motos (AutoEsporte , rede Globo, 14.08.2011, 8:30hs)





http://g1.globo.com/videos/autoesporte/v/jogo-de-corpo-dos-moticiclistas-impressionam-pela-agilidade-e-movimento/1596221/

Falou como um óleo velho (ou vencido) poderia comprometer fisicamente e as deficiências que irão surgir no motor e etc. Na hora tive o insight e lógico, alívio pois o problema não era meu e sim do óleo vencido. Certamente deveria ser isso. Você foi super claro, até eu que não entendo nada de motinhos, percebi o erro. Então, naquela semana eu fui trocar o óleo.

Ao sair da oficina percebi a diferença, parecia ter trocado de moto, e quanta diferença! A suavidade do engate das marchas, trocas silenciosas, macias. E eu achando que o problema era eu! Rsrs

Aliás, o problema foi meu sim, não por má pilotagem, foi por não ter trocado antes o óleo e ter corrido riscos por negligência!

Quero te agradecer muito por isso!

E esse e-mail era só para dizer um muito obrigada, mas como gosto de escrever... Acabei publicando ele também!! Vai o link para você!

 http://juliemotovelocidade.blogspot.com/2011_08_30_archive.html

Abração,

Julie M. j.n.m@terra.com.br

Wednesday, July 27, 2011

Hoje é dia do motociclista, dia 27 de julho

Amigos Motociclistas...


 

Fiquei pensando o que escreveria em homenagem ao nosso dia.


Falo sempre em SEGURANÇA, EQUIPAMENTOS, RESPONSABILIDADE, EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO, RESPEITO, enfim muita coisa que todos nós deveríamos fazer uso. Já publiquei nesta data alguns poemas, textos de outras pessoas que vestem a mesma paixão pelas duas rodas.


Entretanto, hoje quis dedicar neste dia um espaço maior ÀS MOTOCICLISTAS!


Comecei a escrever meus artigos aqui no MOTOESPORTE em 24 de novembro de 2005, e desde então conheci muitos de vocês que eventualmente me escrevem e compartilham da mesma paixão. Sempre comento que existem muitas coisas maravilhosas no mundo da Internet e esta minha participação aqui tem sido uma delas.


Meu intuito, à princípio, era fazer deste espaço uma bandeira para que mais mulheres acompanhassem esse mundo maravilhoso que nós, privilegiados e privilegiadas, fazemos parte.

 Nestes últimos anos tive a alegria de conhecer algumas motociclistas maravilhosas, corajosas, destemidas (diria o amigo Ademir de Caxias do Sul); algumas conheci pessoalmente, pois fomos além da troca de e-mails, fui encontrá-las e elas já retribuíram vindo me visitar.



O número de mulheres pilotando scooters, motinhos de baixa cilindrada é imenso, mas no comando de esportivas, big trails, customs de grande cilindrada tem crescido muito. Descobri que somos muito mais mulheres pilotando estes bólidos do que imaginava!

 Este ano, por exemplo, tive o prazer de acompanhar as meninas em Indaiatuba, numa prova de apresentação, conheci a Cris Trentim, única pilota correndo o Superbike em Interlagos, que aliás fez uma excelente corrida neste último final de semana, onde além de reduzir seu tempo na pista foi homenageada mais uma vez por ser a nossa única representante no meio de tantos pilotos.






Enfim, somos motociclistAs e chegamos para ficar!


O nosso sucesso nesta empreitada se deve ao grande espírito da tribo de MOTOCICLISTAS, amigos, parceiros, maridos, namorados; espírito de união, colaboração, carinho.

Portanto, PARABÉNS A TODOS OS MOTOCICLISTAS QUE DE ALGUMA FORMA NOS ACOLHERAM COM RESPEITO, ADMIRAÇÃO, CARINHO E PARTICIPAÇÃO.

 

Obrigada a todos e um super beijo! Julie M.

Gabriela Rodrigues (in memorian)
 

Nota: Gabriela Rodriguez, piloto (a) brasileira, nascida em São Paulo e radicada em Roma. Corria o campeonato italiano “TROFEO ITALIANO MOTOCICLISTE” e após uma queda no circuito de Vallelunga faleceu em 01.05.2005. Escrevi uma homenagem em alguns sites na época e segue cópia em http://juliemotovelocidade.blogspot.com/2006/01/homenagem-gabriela-rodrigues-in.html




campeonato feminino europeu