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Monday, December 12, 2011

Segurança e Emoções....

Desta vez sobre outra ótica, mas sempre a mesma intenção!!



Em muitos dos meus artigos, desde que comecei escrever, foco na segurança, seja em equipamentos, educação, consciência, responsabilidade, respeito e aprendizado. Dizem que a liberdade de um termina onde começa a do outro! Isso vale para todas as situações da nossa vida, sejam profissionais ou emocionais, principalmente nas relações do dia a dia.
Todos nós tivemos alguma experiência no trânsito de intolerância, impaciência, desrespeito, quando não desastrosas e acidentes. É sabido que com Educação no e para o Trânsito muitas coisas ruins poderiam ser evitadas. Inclusive os acidentes!
O desrespeito à legislação, por todos, inclusive por aqueles que deveriam ser exemplos é grotesco. E em decorrência de todos estes ‘percalços’, quem mais padece no trânsito somos nós motociclistas; pela razão óbvia de nossa vulnerabilidade. Não temos uma carcaça metálica que nos proteja tampouco que nos faça parecer mais importantes e em conseqüência disto, sofremos os abusos dos que acham ter preferência apenas pelo tamanho!


Já disse em outras vezes, que a despeito das regras Nacionais de Trânsito, os motociclistas têm uma regra básica... NUNCA terão via preferencial... A prudência faz com que paremos para não correr o risco de sermos atropelados pelas carcaças metálicas e seus nobres condutores. Nunca generalizando, pois existem bons motoristas sim, assim como existem motociclistas abusados e Kamikazes.

Pois bem, sentar num carro por si só já é confortável e aprender a ‘guiar’ o carro, muito fácil. Alguns carros até já sabem o que fazer sozinhos! Basta apertar um botão “engine on” e apontar a direção! Brincadeiras à parte, o que desejo dizer é que pilotar uma moto já começa diferente... Ela não fica em “pé” sozinha... E requer muito mais atenção, destreza e percepção que um carro.

Costumo dizer que todos deveriam ser primeiro motociclistas e depois motoristas; pois saberiam a diferença entre estar num assento e no outro; os riscos, as necessidades, a acuidade visual, percepção de espaço e tempo, enfim, muitos detalhes que se o motociclista não estiver atento é o corpo dele que paga! O motorista, bem... Esse deverá pagar o carro, mas nada que uma boa funilaria não resolva ou o seguro pague! Seu corpo (na maioria das vezes) fica intacto.

Porque desta introdução toda? Para falar de instrução, educação, treino, conhecimento em pilotagem e muitas outras coisas. Há quem ache que ‘pilotar’ uma moto é apenas sentar nela, ligar e sair... E é possível andar de moto com esta visão. Apenas talvez pague um preço caro demais e às vezes um preço que dinheiro nenhum no mundo consiga comprar: sua própria VIDA.
Portanto o meu conselho é: se investiu tanto numa boa moto, tanto em equipamento, invista em qualidade de ensino para ser um bom motociclista. Enganam-se quem ache que estas Escolas de Pilotagem que estão espalhadas pelo país atendem a clientela de superbikes apenas. Elas atendem qualquer pessoa consciente de sua necessidade de aprender sempre um pouco mais. Sabemos que as motos de hoje mudam de ciclística, configuração, enfim, reciclam tudo. Muita tecnologia embarcada. E precisamos acompanhar... Como? Fazendo upgrades constantes com quem estão diariamente conectados ao motociclismo e bastidores, pessoas que vivenciam o “ambiente motociclístico” e fazem dele seu mantra! Conheço pessoas que fazem estes cursos anualmente para evoluírem como pilotos (de rua e de pista também), pois tudo na vida é um constante aprendizado. Elas não se limitam a um só curso, experimentam em várias escolas e mantém seu upgrade em dia. Nestes cursos o aluno é convidado a fazer uma imersão em técnica de pilotagem, onde são ensinados os recursos tecnológicos das motocicletas e de que forma podemos aproveitá-los. As dicas dadas nestas aulas salvam vidas. Os (maus) vícios de pilotagem são detectados e corrigidos.


Ouvi do piloto Bruno Corano que a moto faz a curva, nós é que podemos não fazê-la por medo e insegurança, por falta de conhecimento; basicamente do que é parte da moto e do que é parte do piloto neste momento! Ele fala muito deste momento ‘susto’ e treina seus alunos a superá-lo. Quem diria que em sala de aula de pilotagem teria um aparte sobre nossas emoções e o controle sobre elas.

E falando em emoções, “o bichinho das pistas me mordeu” usando as palavras do meu amigo Dudu! Pois fui privilegiada no final de semana passado (4 de dezembro) pela Motoschool – Escola de pilotagem de Bruno Corano (SP). Acompanhei de perto os bastidores de uma boa escola de pilotagem, dentre as melhores do país. Conversei com o administrador Wander e com o próprio Bruno Corano, fui informada de muitas coisas, assisti um pouquinho da aula, presenciei o que posso chamar de ‘brainstorm’, ou seja, o retorno dos alunos à sala de aula para que fossem apontadas as dúvidas e experiências de todos eles somadas às impressões do Bruno Corano a cerca da movimentação e desempenho de cada aluno na pista. Acompanhei também, momentos externos à sala de aula, onde a cada parada no Box o Bruno orientava e corrigia o aluno-piloto que havia acompanhado na pista, mostrando seus erros e acertos. Ou seja, vivenciei parte do processo de aprendizado dos alunos e pude ter do próprio Bruno comentários a cerca da metodologia utilizada pela Motoschool, como ele interage com os alunos, a importância da metodologia que ele utiliza a certificação dela por órgão específico americano (cujo método tem 28 anos de estudo e laboratório e ainda a sua utilização pelo próprio governo americano e canadense), os upgrades necessários e anuais feitos por ele nos Estados Unidos para a conservação do método no Brasil, enfim um bate-papo muito produtivo. 

Tive a felicidade de re-encontrar o Dudu, da Rush Motorcycles e piloto do Mobil Rush Racing Team, que foi uma das pessoas que me acolheu ainda nas 500 milhas de Interlagos em Janeiro passado e com quem tive contato no decorrer deste ano; tanto em dicas de pilotagem segura, frenagem, melhor utilização de alguns recursos da moto e também através da sua participação no Programa Auto-Esporte (Globo aos Domingos) onde tive a orientação na troca de óleo da minha motinho (http://juliemotovelocidade.blogspot.com/2011_08_28_archive.html)


 
Por fim, como cereja do bolo, o Dudu Rush e o Wander me convidaram a entrar na pista, coisa que logicamente aceitei! É uma emoção e alegria, para quem gosta de pilotar, indescritíveis. E lógico, recomendável a todos que queiram ser melhores, que queiram aproveitar suas motos (o que elas têm a oferecer) e fazê-lo com segurança. Nunca tinha feito curvas como fiz, pois nas rodovias só temos o Plano A, o Plano B significa susto, contramão, chão, acidente... Na pista, o Plano B significa área de escape, zebras, pilhas de pneus, grama e na pior hipótese, chão (cair); mas ainda assim tem o Plano C que é uma estrutura pronta para intervir com ambulância equipada, paramédicos, agentes com bandeiras sinalizando aos demais do perigo iminente, enfim SEGURANÇA TOTAL. Senti confiança em mim e na Vicky (minha R1) para a cada volta experimentar um pouco mais de aceleração, senti-me segura para ousar. Coisa que não faço de forma alguma em rodovias.

Este momento bárbaro foi no Velopark de Porto Alegre (RS) onde a escola estava ministrando seu curso. Outra 'cereja' foi encontrar e conhecer a Lu Carvalho, motociclista de São Paulo que está em outro artigo meu – http://www.motoesporte.com.br/site/colunistas/coluna-da-julie/motovelocidade-superbikes-e-mulheres-, que foi ao Velopark prestigiar a escola do Bruno Corano e praticar mais em pista no que é chamado de Tracking Day, onde os ex-alunos e pessoas interessadas podem utilizar a pista para desenvolver suas habilidades e treinar. Cabe lembrar que estes momentos de ‘tracking day’ são separados do momento aula; ou seja, quando os alunos saem da pista e voltam à sala de aula para ter outro módulo de aprendizado e feedbacks, esse pessoal vai pra pista e vice-versa. E ninguém entra na pista desacompanhado de instrutor, cujo papel é circular observando os pilotos, seu comportamento, seus excessos e etc. de forma que ninguém seja exposto a riscos gratuitos. "



Portanto, minha mensagem nestes artigos quase sempre é a respeito de SEGURANÇA, educação e muito cuidado no trânsito, principalmente quando se tratam de nós mesmos, os motociclistas. Então, quando puderem façam cursos, melhorem a qualidade da pilotagem, a vida é um eterno aprendizado em tudo, e certamente nisto também. As pessoas que se dedicam a ministrar cursos assim passam horas e mais horas diariamente em cima das motocicletas, elas sabem o que estão fazendo, se ocupam de investir em didática, pois de nada adianta ter o conhecimento e não saber repassá-lo. Outro detalhe muito importante é a escolha da escola, pesquisem muito sobre a própria escola, sobre seus pilotos-instrutores, que tipo de qualificação eles tem, que tipo de suporte a escola providencia em termos de segurança na pista, se tem equipe de emergência qualificada (não adianta uma ambulância com motorista e auxiliar de enfermagem), enfim, pente fino! Qualquer um pode fazer curso de pilotagem e achar que pode ensinar; ser piloto de campeonato não significa ter conhecimento com metodologia e didática para ser instrutor também, pois o que deu certo pra uma pessoa, na experiência do dia-a-dia pode não dar certo para a outra; por isso é preciso pesquisar sobre todos os aspectos que envolvem a escola.

Espero que todos um dia possam fazer um bom curso, eliminar suas dúvidas, acrescentar conhecimento, receber boas dicas de como aproveitar o que é nosso way of life: MOTOCICLISMO CONSCIENTE

Beijos, Julie M. 




 

BMW Motorrad Days 2011







Angra dos Reis, o paraíso ecológico ficará ainda mais atraente com as motocicletas BMW. Entre os dias 18 e 20 de novembro, Angra, considerada um dos destinos turísticos mais belos do Brasil e localizada no estado do Rio de Janeiro,  será palco do BMW Motorrad Days 2011.



O evento chega ao Brasil pela primeira vez, o qual acontece anualmente em países da Europa para amantes da marca germânica. Será uma oportunidade única para os apaixonados por estas obras primas da engenharia alemã se unirem para desfrutar de um programa cheio de atividades que fazem parte do mundo BMW Motorrad.



Dentre as atrações programadas estarão show musical com o cantor Edinho Santa Cruz e banda, exposição de produtos e lançamentos, apresentação de manobras radicais com o já conhecido piloto de streetbike e freestyle Chris Pfeiffer, além da oportunidade de acompanhar in-loco a última etapa da temporada 2011 do Campeonato de Moto 1000 GP e BMW S 1000 RR Cup, no Autódromo de Jacarepaguá.



O evento será realizado nas dependências do Vila Galé Eco Resort, localizado a 385 Km de São Paulo e a 150 Km da cidade do Rio de Janeiro e quem quiser obter maiores informações tanto sobre a Programação como outros detalhes, poderá acessar o link